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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Guerras, Utopias e Ilusões- os festivais musicais da Record na década de 1960

Durante os anos 1960 os festivais musicais promovidos pelas televisões abriam as chances para muitas pessoas, músicos buscassem mostrar seu talento. O Festival de 1967, promovido pela Record foi o que mais marcou a disputa realizada entre estética e propostas politicas divergentes.

Torcidas organizadas tendo por prerrogativas defesas políticas, disputavam a cena. Além disso, a televisão dava mais complexidade a situação. O público se interessava por todos os produtos envolvidos nessas produções, como revistas, long-plays e grifes de roupas, mas também no uso de atitudes e comportamentos.
Com o regime militar instaurado em 1964 as coisas começaram a mudar. Em 1967 o Brasil já contava com quatro Atos Institucionais. entreanto a censura ainda não percebia nesses programas populares o espaço de atuação politica perigosa ao questionamento do regime.
O Festival de 1967 alçou ao estrelato jovens artistas que no ano seguinte (1968) seriam reconhecidos por multidões e participariam dos grandes atos públcos de questionamento das restrições impostas sobre a sociedade. Esses jovens engajados após AI-5 foram coagidos a seguir para o exílio.
Cantores que se destacavam eram aqueles que levavam em suas letras mensagens políticsa que refletiam o sonho de ter a liberdade e não a repressão militar; outros ligado à vertente nacionalista que defendiam a autenticidade da cultura brasileira.
Esses jovens artistas acreditavam que os movimetos populaes deveriam ser estimuçados por meio das artes. acreditavam também que a arte deveria ser educativa parapromover a consciência de classe.
Dentre os mais conhecidos destacamos Edu Lobo, Capinam, Sérgio Ricardo e Gealdo Vandré, entre outros
Os tropicalistas defendiam que a música deveria seguir em evolução e incorporar novas informações até então desqualificadas pela “alta cultura”, como pode ser percebida na música de Gilberto Gil, Domingo no Parque, que faz a fusão entre o canto repentista nordestino e o rock, com arranjo de Rogério Duprat, músico vinculado à defesa da moderna música erudita, e participação da banda de rock Mutantes.
Trecho da música:


(...)O José como sempre
No fim da semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo
Um passeio no parque
Lá perto da Boca do Rio...
Foi no parque
Que ele avistou
Juliana
Foi que ele viu
Foi que ele viu Juliana na roda com João
Uma rosa e um sorvete na mão
Juliana seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João...
Os Festivais de Músicas da Record não tinham hora para começar nem para temiar, não havia corte determinado de tempo para a entrada dos anunciantes, que não pagavm pelo tempo de sua veiculação, mas sim pela produção do programa em si mesmo. Os festivais não deram lucro e os prejuízo permanecem no imaginário popular. Mas os festivais da Record se tornaram inesquecíveis.


Este resumo foi produzido pelos alunos da 4a Etapa do EJA do turno da tarde da escola Dona Helena Guilhon. Ana Paula da Silva Tavares e Dielson F Rodrigues.

mais informaçções e texo integral consulte: Record escola de talentos in. Revista Carta na Escola. Editora Confiança. pag 18-21, Ed no 50, outobro de 2010.Sao Paulo, SP.

4 comentários:

08/05/1989 disse...

Sem dúvida ,a manifestação cultural da década de 1960 foi fundamental para a identidade artística e social do Brasil, pois através dela , mesmo que sutilmente , foi expressada a revolta de uma sociedade incomodada e , praticamente imobilizada ,que foi representada através dos artistas que estavam inseridos no circuito da cultura pop e da mídia . Essa relevante expressão artística , demonstra uma preocupação pessoal com a política regente , a ditatorial , e um desejo de não estar alheio , nem neutro a esses fatos , mesmo sabendo que suas liberdades e até suas vidas estavam em jogo , pois os direitos de ser um cidadão livre estavam ignorados . Eles deram os rostos a tapas para esse regime e não se reprimiram. Esse engajamento é um motivo de orgulho para mim , e foi exemplo para muitos brasileiros naquele tempo ; Enfim , tornou-se referência internacional e hoje possui valor histórico-social-cultural merecidamente .
Aluno: Salin Costa 3 Ano A Noite
E.E.E.F.M. Ministro Alcides Carneiro

Klefferson disse...

salim, seu comentário tem muita relevância quanto ao papel que esses festivais desempenharam naquele momento e principalmente na coragem dos artistas em desafiarem a ordem estabelecida pelo golpe e engajarem a música, cinema earte contra a ditadura. parabés e obrigado pelo comentário.
sds klefferson farias

Unknown disse...

Com certeza os músicos dos anos de 1960, são para nós símbolos de coragem, luta pela liberdade e acima de tudo orgulho da nossa história brasileira. Se hoje temos como símbolo a ‘liberdade de expressão’, foi porque estes ‘caras’ contribuirão significativamente para que isto acontecesse. E se tornassem hoje um trunfo, que ninguém mais vai poder tirar!
São atitudes como as deles que o nosso Brasil precisa, para combater as injustiças, e opressões, ainda vividas por milhares de brasileiros nos dias de hoje.

Aluno: Everson Alves 3º ano A noite
E.E.E.F.M.ministro Alcides Carneiro

Anônimo disse...

Realmente foi muito importante os festivais promovidos pela record na década de 60,pois ajudou os jovens daquela época á poder mostrar seus talentos e também expressar a liberdade com o que tanto sonhavam, e denunciar a repressão militar.
E com certeza isso vem crescendo até hoje para mostrar que esse país ainda tem solução.

Aluna: Andryele Ribeiro Fernandes T: 3º A Noite
E.E.E.F.M.Ministro Alcides Carneiro.