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domingo, 29 de novembro de 2015

ATIVIDADE FILOSOFIA PARTE I - ARISTÓTELES E HELENISMO

QUESTÃO 1

A constituição dos dias atuais é a que se segue. Os homens que são filhos de pai e mãe cidadãos têm direito à cidadania completa e são inscritos na lista de seus concidadãos nos demos quando completam dezoito anos de idade. Depois de registrados, os membros do demo votam, sob juramento, primeiro: quais deles consideram ter, de fato, atingido a idade legal e os que não a atingiram retornam ao status de criança; segundo: quais os homens que são livres e nascidos como a lei prescreve. Se decidem que um homem não é livre, ele pode apelar para o tribunal, enquanto os concidadãos do demo elegem cinco de seu grupo como acusadores; se for decidido que o julgado não tem direito de ser registrado como cidadão, a cidade o vende como escravo, mas se ele vencer a causa os representantes do demo são obrigados a registrá-lo.
(ARISTÓTELES. A Constituição de Atenas)

O texto de Aristóteles representa a definição do cidadão em Atenas no século IV a.C. Uma diferença entre o conceito antigo e o moderno de cidadania refere-se a:

A) a profissão dos indivíduos.
B) a ideologia dos indivíduos.
C) as posses dos indivíduos.
D) o gênero dos indivíduos.
E) a raça dos indivíduos.

QUESTÃO 2

A política implica o envolvimento da comunidade cívica na definição do interesse público. Vale dizer, portanto, que o cenário original da política, no lugar de uma relação vertical e intransponível entre soberanos e súditos na qual a força e a capacidade de impor o medo exercem papel fundamental, sustenta-se em um experimento horizontal. Igualdade política, acesso pleno ao uso da palavra e ausência de medo constituem as suas cláusulas pétreas.
(LESSA, R. Sobre a invenção da política)

A organização da sociedade no espaço é um processo histórico-geográfico, articulado ao desenvolvimento das técnicas, à utilização dos recursos naturais e à produção de objetos industrializamos. Política é, portanto, uma organização dinâmica e complexa, possível apenas pela existência de determinados conjuntos de leis e regras, que regulam a vida em sociedade.

Nesse contexto, a participação coletiva é

A necessária para que prevaleça a autonomia social.
B imprescindível para uma sociedade livre de conflitos.
C decisiva para tornar a cidade atraente para os investimentos.
D indispensável para a construção de uma imagem de cidade ideal.
E indissociável dos avanços técnicos que proporcionam aumento na oferta de empregos.

QUESTÃO 03

Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios —  esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”.
(VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado)

O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania

A) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.

B) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.
C) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.
D) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.
E) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.

QUESTÃO 4

O fenômeno da escravidão, ou seja, da imposição do trabalho compulsório a um indivíduo ou a uma coletividade, por parte de outro indivíduo ou coletividade, é algo muito antigo e, nesses termos, acompanhou a história da Antiguidade até o séc. XIX. Todavia, percebe-se que tanto o status quanto o tratamento dos escravos variou muito da Antiguidade greco-romana até o século XIX em questões ligadas à divisão do trabalho.

As variações mencionadas dizem respeito

A) ao caráter étnico da escravidão antiga, pois certas etnias eram escravizadas em virtude de preconceitos sociais.
B) à especialização do trabalho escravo na Antiguidade, pois certos ofícios de prestígio eram frequentemente realizados por escravos.
C) ao uso dos escravos para a atividade agroexportadora, tanto na Antiguidade quanto no mundo moderno, pois o caráter étnico determinou a diversidade de tratamento.
D) à absoluta desqualificação dos escravos para trabalhos mais sofisticados e à violência em seu tratamento, independentemente das questões étnicas.
E) ao aspecto étnico presente em todas as formas de escravidão, pois o escravo era, na Antiguidade greco-romana, como no mundo moderno, considerado uma raça inferior.

QUESTÃO 5

“Nossa discussão será adequada se tiver tanta clareza quanto comporta o assunto, pois não se deve exigir a precisão em todos os raciocínios por igual, assim como não se deve buscá-la nos produtos de todas as artes mecânicas. Ora, as ações belas e justas, que a ciência política investiga, admitem grande variedade e flutuações de opinião, de forma que se pode considerá-las como existindo por convenção apenas, e não por natureza. E em torno dos bens há uma flutuação semelhante, pelo fato de serem prejudiciais a muitos: houve, por exemplo, quem perecesse devido à sua riqueza, e outros por causa da sua coragem. Ao tratar, pois, de tais assuntos, e partindo de tais premissas, devemos contentar-nos em indicar a verdade aproximadamente e em linhas gerais; e ao falar de coisas que são verdadeiras apenas em sua maior parte e com base em premissas da mesma espécie, só poderemos tirar conclusões da mesma natureza. E é dentro do mesmo espírito que cada proposição deverá ser recebida, pois é próprio do homem culto buscar a precisão, em cada gênero de coisas, apenas na medida em que o admita a natureza do assunto.”
(Aristóteles. Ética a Nicômaco)

No texto acima, o filósofo Aristóteles explica que

A) o método da ciência política é dialético, isto é, parte de opiniões comuns aceitas pela maioria ou pelos sábios.
B) não há resposta objetiva em questões morais.
C) a finalidade da ética e da ciência política é a ação, não a verdade.
D) é necessário buscar a verdade absoluta ao resolver problemas morais.
E) a teoria política possui um método tão exato quanto o da matemática.


QUESTÃO 6.
Quais das correntes filosóficas abaixo podem ser consideradas do período helenístico:

a) modismo, marxismo e capitalismo
b) estoicismo, epicurismo e modismo
c) epicurismo, cinismo, estoicismo e pirronismo (ceticismo)
d) platonismo e neoplatonismo
e) epicurismo, platonismo, estoicismo e pirronismo (ceticismo)

QUESTÃO 7
                        Qual foi o marco histórico que caracteriza o início do período helenístico?

a) conquistas de Alexandre, o Grande.
b) guerra do Peloponeso.
c) Guerra de Tróia.
d) nascimento de Sócrates.
e) passagem do discurso mítico para o discurso filosófico.

QUESTÃO 8. Qual das frases se refere ao pensamento cínico?

a) apreender a viver com o necessário e não fazer do desnecessário algo necessário.
b) valorizar a razão e a cultura, pois esses são fundamentais para a vida humana.
c) a razão é a base para a vida humana
d) a essência do homem é a sua alma, essa é racional e virtuosa.
e) apreender a viver com o necessário natural e cultural.

QUESTÃO 9. Quais dos filósofos fizeram parte da escola helenística dos cínicos?

a) Aristóteles e Diógenes de Sínope.
b) Antístenes e Diógenes de Sínope.
c) Platão e Diógenes de Sínope.
d) Tales e Diógenes de Sínope.
e) Demócrito e Diógenes de Sínope.

QUESTÃO 10. Os cínicos podem ser chamados de cães. Qual alternativa abaixo não justifica tal designação?

a) por causa da indiferença de seu modo de vida, pois fazem um culto à indiferença e, assim como os cães, comem e fazem amor em público, andam descalços e dormem em banheiras nas encruzilhadas.
b) porque o cão é um animal sem pudor, e os cínicos fazem um culto á falta de pudor, não como sendo falta de modéstia, mas como sendo superior a ela.
c) porque o cão é um bom guarda e eles guardam os princípios de sua filosofia, os valores naturais e necessários para a vida.
d) porque o cão é um animal exigente que pode distinguir entre os seus amigos e inimigos. Portanto, eles reconhecem como amigos aqueles que são adequados à filosofia, e os recebem gentilmente, enquanto os inaptos são afugentados por ele, como os cães fazem, ladrando contra eles.
e) porque o cão é um animal domesticado e que pode viver entre os homens, aceitando assim, a sua cultura.


QUESTÃO 11

A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.
ARISTOTELES. A Política. São Paulo: Cia das Letras, 2010.
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristoteles a identifica como
A)   busca por bens materiais e títulos de nobreza. 
B)    plenitude espiritual e ascese pessoal.
C)    finalidade das ações e condutas humanas.
D)   conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
E)    expressão do sucesso individual e reconhecimento público.

QUESTÃO 12. (PUC/SP) denomina-se de “civilização helenística” a civilização que resultou da:
A)    unificação cultural do oriente após as conquistas de Ciro.
B)    Fusão de elementos culturais gregos e persas ao fim das Guerras Médicas.
C)    Fusão de elementos culturais atenienses e espartanos, ao fim da guerra do Peloponeso.
D)    Fusão de elementos culturais gregos e orientais, nas regiões conquistadas por Alexandre.
E)    Fusão de elementos gregos e romanos ocidentais e orientais.

QUESTÃO  13. O período helenístico foi marcado por grandes transformações na civilização grega. Entre suas características, podemos destacar:
A)    O desenvolvimento de correntes filosóficas que, faziam do problema ético o centro de suas preocupações visando, principalmente, o aprimoramento interior do ser humano.
B)    Um completo afastamento da cultura grega das tradições orientais, decorrentes da postura depreciativa que considerava bárbaros todos os povos que não falavam o seu idioma.
C)    A manutenção da autonomia das cidades-Estado, a essa altura articuladas primeiro a Liga de Delos, sob o comando de Atenas e, posteriormente, sob a Liga do Peloponeso, liderada por esparta.
D)    A difusão da religião islâmica na região da macedônia, terra natal de  felipe II, conquistador das cidades-Estado gregas se espalhando, posteriormente por todo império romano do Ocidente.
E)    O apogeu da cultura helenística representado, principalmente, pelo florescimento da filosofia e do teatro, contribuindo para o restabelecimento da democracia ateniense.

QUESTÃO 14. (UEL) "Desde suas origens entre os filósofos da antiga Grécia, a Ética é um tipo de saber normativo, isto é, um saber que pretende orientar as ações dos seres humanos".
Fonte: CORTINA, A.; MARTÍNEZ, E. Ética. Tradução de Silvana Cobucci Leite. São Paulo: Edições Loyola, 2000, p. 9.

Com base no texto e na compreensão da ética aristotélica, é correto afirmar que a ética:

A) Orienta-se pelo procedimento formal de regras universalizáveis, como meio de verificar a Correção ética das normas de ação.
B) Adota a situação ideal de fala como condição para a fixação de princípios éticos básicos, a partir da negociação discursiva de regras a serem seguidas pelos envolvidos.
C) Pauta-se pela teleologia,  indicando que o bem supremo do homem consiste em atividades que lhe sejam peculiares, buscando a sua realização de maneira excelente.
D) Contempla o hedonismo, indicando que o bem supremo a ser alcançado pelo homem reside na felicidade e esta consiste na realização plena dos prazeres.
E) Baseada no emotivismo, busca justificar a atitude ou o juízo ético mediante o recurso dos próprios sentimentos dos agentes, de forma a influir nas demais pessoas.